Gangorra

Ei, três moleques pelas ruas da Norte

A nossa vida é uma gangorra

Ô, de certo eu só tenho a morte

Até o dia que eu não morra

E êta, mundo bom de acabar

E êta, mundo bom de acabar

E êta, mundo bom de acabar

Ei, três moleques pelas ruas da Norte

A nossa vida é uma gangorra

Ô, de certo eu só tenho a morte

Até o dia que eu não morra

Ei, e êta, mundo bom de acabar

E êta, mundo bom de acabar

E êta, mundo bom de acabar

Fiz uma rima tão embaçada que a filha do parceiro chorou

Minha vizinha trancou a porta e ligou

(Minha vizinha trancou a porta e ligou)

Os coxinha mais coxinha, que come coxinha, se atrasou

Dava tempo de ir de São Paulo a Osasco

Assaltar um açougue e ainda fazer um churrasco

Dava tempo de ir de São Paulo a Toronto

Demorou tanto tempo que o rap tava pronto, wow

Capta, trata a track, pique fractal

O rap tá pra pop como o crack cultural

Máquina descarta a track, pique oitão

Tramita ou quer capitalizar, SP é capital

É grana, grana, grana, bitch, vida insana

Lembra quando a gente era três pivete de Santana?

Missão à paisana, a missão enraizando a questão

Decisão não é a mesma, moleque, é pela vida ou pela fama

Ei, três moleques pelas ruas da Norte

A nossa vida é uma gangorra

Ô, de certo eu só tenho a morte

Até o dia que eu não morra

E êta, mundo bom de acabar

E êta, mundo bom de acabar

E êta, mundo bom de acabar

Ei, três moleques pelas ruas da Norte

A nossa vida é uma gangorra

Ô, de certo eu só tenho a morte

Até o dia que eu não morra

Ei, e êta, mundo bom de acabar

E êta, mundo bom de acabar

E êta, mundo bom de acabar

Apto, truque é o truque tipo cactus

O rap tá hostil como Horcrux ilegal

Rap true, troca soco, não consensual

Se for pa' te acender uma luz, entende o desfecho mental

O certo não é certo, só tando incerto te fala que é certo

Eu vejo por perto que te faz peso na Terra, não ferra

Olhe pro céu que te pisa e olhe pro céu que te guia

O sol se foi escuro, faz lembrar que guerra é guerra

Fica no peito de quem tá fazendo respeito

Contando com o tempo, nem lembro de quando

Que foi que eu voltei, tá na ponta da faca

Essa aberta, essa inhaca que pega na pele

Eu espero você que notou meu silêncio

Porque, quando eu volto, cê sabe que o barato é louco

E já vai muito além desse rap

Lhe fala, moleque, de tudo que você pensou

Que seria verdade, volto na maldade

Saudade de quando eu fazia esse rap

Sem ter que falar dos insert

Eu volto e não vou não, cê sabe que eu fui coroado no show

(Spinardi é o rei do speed flow!)

Ei, três moleques pelas ruas da Norte

A nossa vida é uma gangorra

Ô, de certo eu só tenho a morte

Até o dia que eu não morra

Ei, e êta, mundo bom de acabar

E êta, mundo bom de acabar

E êta, mundo bom de acabar