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Credits
PERFORMING ARTISTS
Racionais MC's
Performer
COMPOSITION & LYRICS
Mano Brown
Songwriter
Lyrics
O crime vai, o crime vem
E a quebrada tá normal e eu tô também
O movimento dá dinheiro sem problema
O consumo tá em alta como manda o sistema
O crime vai, o crime vem
E a quebrada tá normal e eu tô também
Onde há fogo, há fumaça
Tá vendo aquele truta parado ali
Bolando ideia com os manos na esquina
É envolvido com crack, maconha e cocaína
Tirou cadeia, cumpriu a sua cota
Pagou o que devia, mas agora ele tá de volta
Saudades da quebrada, família
Coração amargurado
Pelo tempo perdido na ilha
Se levantar agora é só, nada mais importa
Louco é mato, tá cheio no morro não falta
Esses anos aguardou, paciente
O limite é uma fronteira
Criada só pela mente
Conta com o que ficou
E não com o que perdeu
Quem vive do passado é memória, museu
Dinheiro, segredo, palavra-chave
Manipula o mundo e articula a verdade
Compra o silêncio, monta a milícia
Apaga o sossego, compra a política
Aos olhos da sociedade é mais um bandido
E a bandidagem paga o preço pela vida
Vida entre o ódio, a traição e o respeito
Entre a bala na agulha
E uma faca cravada no peito
Daquele jeito
Ninguém ali brinca com fogo
Perdedor não entra nesse jogo
É como num tabuleiro de xadrez
Xeque-mate, vida ou morte
Um, dois, três, vê direito
Para, pensa, nada a perder
O réu acusado já foi
Programado pra morrer
Quem se habilita a debater
Quem cai na rede é peixe
Não tem pra onde correr
O crime vai, o crime vem
A quebrada tá normal e eu tô também
O movimento dá dinheiro sem problema
E o consumo tá em alta como manda o sistema
O crime vai, o crime vem
A quebrada tá normal e eu tô também
Onde há fogo, há fumaça
Onde chega a droga é inevitável, embaça
Eu tô aqui com uma 9 na mão
Cercado de droga e muita disposição, ladrão
Fui rotulado pela sua sociedade
Um passo a mais pra ficar na criminalidade
O meu cotidiano é um teste de sobrevivência
Já tô na vida, então, paciência
Pra cadeia não quero, não volto nunca mais
Aê, truta, se for pra ser, eu quero é mais
Aqui é mó covil, ninho de serpentes
Tem que ser louco pra vir bater de frente
Minha coroa não pode passar veneno
Já é velha e meu moleque ainda é pequeno
Um irmão morreu, o outro se casou
Saiu dessa porra, firmeza, se jogou
Só eu fiquei fazendo tempo por aqui
Tentei evitar, mas não consegui saí
Se meu futuro estiver traçado
Eu vou até o fim só pra ver o resultado
Quero dinheiro e uma vida melhor
Antes que meu castelo se transforme em pó
Só, o vício da morte está à venda
Em cada rua uma alma
Em cada alma uma encomenda
O consumo pra alguns é uma ameaça
Vários desandam, vacila e viram caça
Tem mano que dá várias narigada ali
Cheira até umas horas
Então, deixa cair
É intensidade o tempo inteiro
Cartel Latino, São Paulo ao Rio de Janeiro
Dá mó dinheiro, dólares
Rato de sócio
Nesse ramo são que nem abutre nos negócios
A noite chega, a febre aumenta
Pode ser da paz ou curviana violenta
Written by: Mano Brown