SALA VERMELHA #01 - Major RD

Preto e cara e novo, no meu bairro é inspiração dos jovem

Minha música cura, eu tenho a pura, parece com Engov

Seu carro é bonito, seu traje a rigor não chama Roger

Mas quem te auxilia no serviço não tem fome, é o Robin

Se cortar pra esquerda, no automático eu já penso Robben

Se gritar direita é gado, playboy que maltrata pobre

Quem trabalha, alcança, seja ponta de lança de cobre

Se eu não te contar que o mundo é sujo, depois tu descobre

Ando cada vez pior, com menos sono

Me sinto uma jukebox, amigo, não sei se somo

Quer uma máquina na sombra do meus pano

Te virar do avesso pra tu ver que teu ego é profano

Fuja antes que a coruja se aproxime

Com aquele assobio sombrio que tu só vê nos filme

Último aba reta vivo, eu sou o Godínez

Rapper que nunca atrasou a pensão, atenção, me traz um Guiness

Tô no quinto andar, sem me vender, sem panguar com a tropa

Cuspo fogo no fim da fase do jogo, eu sou o Koopa

Força maior, faz favor de não vir contra

Em caso de troca, traga sua nota e o valor da compra

Quem faz o meu show ser foda não sou eu e sim toda plateia

Não compita com os zangões da minha colmeia

Até porque, pra mim, cês são tudo comédia

Jogam hate no Oruam e babam Travis Scott no pós-tragédia

A ideia inicial do underground é essa, tá ligado?

É repudiar tudo aquilo que é comercial

Então a partir da hora que eu acho que ele, que ele se entrega a algo que

Ao comercialismo, cara, eu acho que

Particularmente, eu acho que ele deixa de ser underground