A Cidade

O sol nasce e ilumina as pedras evoluídas

Que cresceram com a força de pedreiros suicidas

Cavaleiros circulam vigiando as pessoas

Não importa se são ruins, não importa se são boas

E a cidade se apresenta centro das ambições

Pra mendigos ou ricos e outras armações

Coletivos, automóveis, motos e metrôs

Trabalhadores, patrões, policiais, camelôs

A cidade não para, a cidade só cresce

O de cima sobe e o de baixo desce

A cidade não para, a cidade só cresce

O de cima sobe e o de baixo desce

O de baixo desce

A cidade se encontra prostituída

Por aqueles que a usaram em busca de saída

Ilusora de pessoas de outros lugares

A cidade e sua fama vai além dos mares

No meio da esperteza internacional

A cidade até que não está tão mal

E a situação sempre mais ou menos

Sempre uns com mais e outros com menos

A cidade não para, a cidade só cresce

O de cima sobe e o de baixo desce

A cidade não para, a cidade só cresce

O de cima sobe e o de baixo desce

E o de baixo desce

E o de baixo desce

E o de baixo desce

E o de baixo desce

Eu também fiz uma embolada, só que na minha levada, pois o legado de Science nunca se apaga

Seu pensamento propaga e sempre me fez refletir, um passo à frente, camarada, e cê foi bem mais adiante

Machete envenenado, bom pra mim e bom pra tu, rastejando pelo mangue, vejo caranguejo true

Atômico maracatu, batucada chegou no sul, mistura punk, heavy samba e churrasco de urubu

É um dia de sol, Recife acordou, vivo o mangueboy, maracatu, rock'n'roll

Parabólica na lama, mangue beat com samba, fedentina do dia anterior

Chila relê, domilindró, as alfya e o cavaco moendo sem dó

Babilônia não para, quem mandou, se apresse, caranguejo enfurece

A cidade não para, a cidade só cresce

O de cima sobe, o de baixo desce

A cidade não para, a cidade só cresce

O de cima sobe e o de baixo desce

E o de baixo desce

E o de baixo desce

E o de baixo desce

E o de baixo desce