Guria Gaúcha

Guria gaúcha, que monta a cavalo

Que laça, que peala e que pega parelho,

De boina paysana, pendida pra um lado,

Na faca, “colgado”, o cabo do relho.

 

Guria gaúcha de bota e bombacha

Do lenço e da faixa, da lida campeira...

Que aperta os “arreio” no osso do peito

Costeia matreiro e cura bicheira.

Guria gaúcha de essência pampeana

De “templa” vaqueana e coração gigante

Teu sonho é teu rumo, caminho liberto,

Que encontras aberto, mirando lá adiante.

 

Guria Gaúcha da face curtida

Das voltas da vida, do sol da fronteira!

O amor pela terra a qual tu pertence

Te fez Rio Grandense e Sul Brasileira.

 

Guria gaúcha, do amor pelo campo

Do baile de rancho, da flor no vestido,

Da história vivida e sentida na alma

Escrita com calma, sem tempo perdido.

 

Guria gaúcha tranquila e serena...

Sestrosa e pavena, conforme a volteada,

Não abre por nada o matungo pra fora

E no ferro da espora sustenta a bolada.

Guria gaúcha de essência pampeana

De “templa” vaqueana e coração gigante

Teu sonho é teu rumo, caminho liberto,

Que encontras aberto, mirando lá adiante.

Guria Gaúcha da face curtida

Das voltas da vida, do sol da fronteira!

O amor pela terra a qual tu pertence

Te fez Rio Grandense e Sul Brasileira.