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Chico Buarque canta Cálice com Gilberto no Rio de Janeiro - Tempo Rei
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Credits

PERFORMING ARTISTS
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Performer
COMPOSITION & LYRICS
Chico Buarque
Chico Buarque
Composer
Gilberto Gil
Gilberto Gil
Songwriter

Lyrics

(O cálice)
O cálice
Eu, eu só, eu vou can, eu canto!
Eu canto um pedacinho que eu me lembro só
Não é porque, é por porque tem uma, tem
Não me dá!
É que tem uma parte da música que é do Chico
Que eu não me lembro
Que eu não cheguei nem a aprender
Porque, é eu explico porque
Porque, porque eu cheguei, chegamos na casa do Chico
E a gente decidiu, a gente ajeitou
(Tá uma maravilha)
Tá legal, pode me dar
Deixa eu explicar o que que aconteceu
Daí o Chico tinha
Não pera aí, deixa eu falar
Eu combinei com o Chico, que a gente ia fazer e tal
Levei um pedaço das idéias que eu já tinha escrito e tal
E a gente concordou, vamos fazer, vamos fazer!
Aí ele viajou pro interior de São Paulo
Fazer uma parte do circuito universitário
E, e eu fiquei lá pelo o Rio
Depois eu vim, voltei
Quando chegou na véspera
Do dia do show
Na véspera do Anhembi, foi que a gente foi se encontrar
Então ele tava com a parte da letra dele pronta
E eu com a minha
Então ele cantava a parte dele
E eu cantava a minha
E eu não sa, sei até hoje
Mas é, deixa, deixa eu cantarolá pra vocês aqui
Deixa eu vê como é que é
Pai, afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
Cálice
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho de outra
Outra realidade menos morta
Cálice
Tanta mentira, tanta força bruta
Pai, afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Deixa eu lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Cálice
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, ó pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Cálice
É mesmo, é de que adianta?
Esse pileque homérico no mundo
Cálice
De que adianta ter boa vontade?
Cálice
Mesmo calado o peito, resta a cuca
Cálice
Dos bêbados do centro da cidade
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Cálice
Quero inventar o meu próprio pecado
Cálice
Quero morrer do meu próprio veneno
Cálice
Quero perder de vez tua cabeça
Cálice
Minha cabeça perder teu juízo
Cálice
Quero cheirar fumaça de óleo diesel
Cálice
Me embriagar até que alguém me esqueça
Cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Posso ficar com ela?
Posso ficar?
Posso guardar pra mim?
Eu não tenho a letra toda
As vezes eu fico em casa
Outro dia, Caetano tava me pedindo "Cante aí"
Eu digo "Eu não sei a parte do Chico"
Então agora eu já posso cantar
(De novo)
(De novo)
(De novo)
De novo?
(De novo)
(De novo)
Depois
No fim eu canto
No fim a gente canta
Written by: Chico Buarque, Gilberto Gil
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