Sem Título 3

pé na porta filho captando as falhas

preso no oitavo círculo com dante, eu absorvo dos canalhas

pelo amor virgílio me empreste o isqueiro, eu tô ligeiro

fluxo de consciência, eu vou botar fogo na palha

quero jogo, saramago, pleno fogo com arit

então ta bom mas não se irrite, ligue o chavez lá de volta

que o petróleo não tá mais em alta, pauta pra covarde

que esconde o odio às classes num neoliberal colgate

de colete, capacete, teto de titâneo, escolta

querendo privatizar escola, fugindo do bolo

são só cartaz no baralho de um discurso tolo

caldo de fascista que só faz barulho, parece russolo

então aguenta o front, fugir do debate igual mongol

que o odio no dedo dos caras não vale teu cachecol

nem de fugir pra chicago com os mano no porsche

fazendo deboche com essa porra e tomando suco no sol

e o dilêma é o mesmo de tempos atrás

abordagem que mudou, nós perdeu tempo demais

onde foi que nós errou jão? qual que foi as merda no caminho

que entregou passagem pra quem nada tráz

consciência que aqui jaz, êis um preto que aqui jazz

deito todos um por um esses merda não me apraz

uma cria de coltrane sou elza soares no fim do mundo

e a sua playlist pra mim é branda demais, é branca demais

pior que os acústico da 1kilo, se magoou?

vem afobado não, vem tranquilo

sou a versão do cirilo com a consciencia histórica

driblando as joaquina na retórica

sou kendrick for free, avesso à projeção

codeína com refri, cada um na sua função

sabe o quê que eu acho tri? facada no bucho desses fascista

e nem precisa ser montagem de eleição

soul guetto on the streets, cangaço rola torto

eles curtem diss, andam todos absortos

papo de playboy entre nude de patrícia

nós é catcha fire nos desdobre com as milícia

o semblante das tracks, peso de bigorna eu queimo sem blunt nos becks

nunca perco a forma eu tô com o humor do bojack

sem paciência pro senso comum pela cidade

mas ao sul desse inferninho, chora boy

só esperar deus te maquinar, no breu entre as máquinas

quero luz na quebrada, ainda sobrevivem as lágrimas

se colidem com o tático, visto as roupas e as armas

de jorge evito as plásticas, plane plastic bitch, cansei de plastic beaches

vou viver da mágica, soltar fumaça canábica, baixar rodini num hit

juntar rolê pela africa, ver três marias no chão

isso não é túmulo é pratica, ver as estrelas patrick

no fim ninguém sabe nada, contar estrelas de grassie

e me guiar pela mata porquê aqui tá difícil

juntar milhões e sumir, meter um porsche, ir pra chicago e na mão meu açaí

dei uma volta na fogueira e quero ir também pro mauí

pedi pra ver pedra portuguesa, da pra ver e eu vi

que nos mosaicos não enxergam o homem de sambaqui

e o que faziam aqui? trilha da oração sobre os escombro subo meu ki, pus flôres

tudo é estratégia publicitária, informação

tipo uma caixa de pandora, novela diária

é inevitável a apropriação, acostume-se

culturas em dissecação eu continuo e foda-se

é tudo muito rápido vovô, flagra

se preocupe hoje é só essa a regra

eu sinto muito sei que cê não entende agora

tudo tão conectado que até desintegra

velocidade me faz jovem, to sempre correndo, lendo

e vento a distorção que minha lente mostra

fazer pensar é muito trampo, eu sei que eles não gosta

eu vou votar no mano waldo e ver se a ideia alastra

eles vão te subir no topo, rezarão teus hinos

ninguém nunca suportou tanta pressão, é treino

e seu deixar no band news seremos dançarinos

cê vai ouvir matéria prima e se sentir pequeno

eu fiz outro backup sabe as coisas quebram

a perda dos seus direitos é o que eles celebram

adélio foi de faca, cês de glock arregam

fake fake rappers, tudo uns cuzão