Credits
PERFORMING ARTISTS
Nave
Sampler
Emicida
Performer
Drik Barbosa
Performer
Mauricio Cersosimo
Remixer
Fejuca
Acoustic Guitar
Xexeu
Flute
COMPOSITION & LYRICS
Nave
Composer
Thiago Jamelão
Composer
Emicida
Songwriter
Drik Barbosa
Songwriter
PRODUCTION & ENGINEERING
Nave
Producer
Emicida
Recording Engineer
Mauricio Gargel
Mastering Engineer
Fejuca
Recording Engineer
Xexeu
Recording Engineer
Lyrics
[Verse 1]
Se tem muita pressão, não desenvolve a semente
É a mesma coisa com a gente
Que é pra ser gentil, como flor é pra florir
Mas sem água, sol e tempo, que botão vai se abrir?
[Verse 2]
É muito triste, muito cedo, é muito covarde
Cortar infâncias pela metade
Pra ser um adulto, sem tumulto, não existe atalho
Em resumo, crianças não têm trabalho, não
Não, não
Não ao trabalho infantil
[Verse 3]
Desde cedo, 9 ano, era um pingo de gente
Empurrado à fórceps, pro batente
O bíceps dormente, a mão cheia de calo
Treme, não aguenta um lápis, no fundão de São Paulo (Puts)
[Verse 4]
Se a alma rebelde se quer domesticar
Menina preta, perde infância, vira doméstica
Amontoados ao relento, sem poder se esticar
Um baobá vira um bonsai, é só assim pra explicar
[Verse 5]
Que o nosso povo nas periferia
Precisa encher suas panela vazia
Dignidade é dignidade, não se negocia
Porque essa troca leva infância, devolve apatia, e é pior na pandemia
[Verse 6]
Sobra ferida na alma, uma coleção de trauma
Fora a parte física, e nóis já tá na parte crítica
Pra que o nosso futuro não chore
A urgência é, precisamos ser melhores, viu?
[Verse 7]
Se tem muita pressão, não desenvolve a semente
É a mesma coisa com a gente
Que é pra ser gentil, como flor é pra florir
Mas sem água, sol e tempo, que botão vai se abrir?
[Verse 8]
É muito triste, muito cedo, é muito covarde
Cortar infâncias pela metade
Pra ser um adulto, sem tumulto, não existe atalho
Em resumo, crianças não têm trabalho, não
Não, crianças não têm trabalho não
Não ao trabalho infantil
[Verse 9]
Com 8 ela limpa casa de família, em troca de comida
Mas só queria brincar de adoleta
Sua vontade esconde-esconde, já que a sociedade pega-pega sua liberdade e transforma em tristeza
Repetiu na escola por falta, ele quer ir mas não pode
Desigualdade é presente e tira seus direitos
Sem escolha, trabalha ou rouba pra viver, sistema algoz, que o arrancou da escola
E colocou pra vender bala nos faróis
[Verse 10]
Em maioria, jovens pretos de periferia
Que tem direito a vida plena, mas só conhece o que vivencia
Insegurança, violência e medo
Trabalho infantil é um crime e tem cor e endereço
Prioridade nossa é assegurar que cresçam e floresçam, alimentar a potência delas
A liberdade delas não tem preço
Merecem o mundo como um jardim e não como uma cela
[Verse 11]
Se tem muita pressão, não desenvolve a semente
É a mesma coisa com a gente
Que é pra ser gentil, como flor é pra florir
Mas sem água, sol e tempo, que botão vai se abrir? (Me diz)
[Verse 12]
É muito triste, muito cedo, é muito covarde
Cortar infâncias pela metade
Pra ser um adulto, sem tumulto, não existe atalho
Em resumo, crianças não têm trabalho, não
Não, não
Crianças não têm trabalho, não
Apenas não ao trabalho infantil
Written by: Drik Barbosa, Emicida, Nave, Thiago Jamelão, Vinicius Leonard Moreira