Lyrics

[Verse 1]
(Saudade, eu te matei de fome
Saudade, eu te matei de fome
Saudade, eu te matei de fome (Madorna 75)
Saudade, eu te matei de fome)
[Verse 2]
Brother, no fim da cassete, toda a cantiga volta po' início
Por vezes, ouvi-la é um frete, mudar a faixa é sacrifício
Pa' quê rir se te viram as costas? Todos duvidam, não dão benefício
Até me'mo se o céu se ilumina, aquilo que brilha é fogo de artifício
[Verse 3]
E o que eu vejo, é o teu queixo pa' baixo e os teus lábios nunca pa' cima
Alegria nunca 'tá em casa, a tristeza domina
Por vezes não queremos e do nada temos, ou queremos e nunca encontramos
As grandes coisas que perdemos por pequenas coisas que ligamos
E tu que brincavas, sonhavas c'a paz, nadavas na guerra pa' traçar caminhos
Ter uma casa com vista po' mar, virada pa' serra pa' ouvir passarinhos
Viver sem contar c'a saudade, sem 'tar a contar que ela vem de fininho, bro
Porque nada é mais triste que alguém contribuir pa' vivermos sozinhos
[Verse 4]
Só quero mais tarde olhar po' meu sobrinho e dizer
Que a saudade também nos faz falta
Não entrar na bulha, entrar na batida, me'mo se a agulha te salta
Sem muita pressa mas sempre na altura exata
Aplicar tudo o que é raciocínio porque 'tá destinado e morremos na data
E, enquanto há quem espere que o tempo se acabe
Não ficar deitado, de olho fechado, à espera que mude
O teu testamento é: "Não gosto, não quis, não cheguei a tempo, não fiz que não pude"
Fazer pontaria pa' acertar no meio, não é num dos lados que 'tá a virtude
Ter toda a consciência da gravidade, quem sente saudade, não sente saúde, mô boy
[Verse 5]
Honrar a memória e fazê-lo com alma, nunca foi preciso fazer um mestrado
Pa' manter a mente e o mundo na palma
Quem cala consente, aquilo que sentes é muito evidente, eu sinto na fala
Se esticas a mão para abrir uma porta
Não podes chorar quando a me'ma te entala
[Verse 6]
Por vezes sentes saudades de quem não sente e tudo isso vira um ciclo
E é quando tu tentas dar o teu passo em frente que tu voltas po' triciclo
Alturas em que embarcas com o subconsciente e pensas que cais no ridículo
Por vezes sentes saudades de quem não sente e tudo isso vira um ciclo
Mô boy, ainda sinto saudade
[Verse 7]
(Saudade, eu te matei de fome
Saudade, eu te matei de fome
Saudade, eu te matei de fome
Saudade, eu te matei de fome)
[Verse 8]
Ah-ah-ah-ah, ya, ah-ah, ah-ah
Há sempre alguém que deixa saudade
Ah-ah-ah-ah, ah-ah, ah-ah
Há que saber lidar com isso
Ah-ah-ah-ah, ah-ah, ah-ah
Ah-ah-ah-ah, ah-ah, ah-ah
[Verse 9]
Às vezes, eu sinto saudade de ver o meu bairro em atividade e alegria (75)
Nessa altura em que tu dizias que era só espigaria e só má onda
Tenho saudade do tempo em que a tua cara não carregava essa mania
Muita saudade de ver a amizade entre os bairros cá da zona
Saudades do tempo de escola e de haver união
Colegas com quem já não falo apenas por falta duma ligação (Um abraço pa' todos)
Mas queres saber me'mo aquilo que eu sinto vaidade?
Tenho orgulho naquilo que fomos, nada apaga aquilo que eu sinto saudade
Mô boy, ainda sinto saudade
[Verse 10]
(Teu rosto nunca me deu trégua
Milagre seria não ver
No amor, essa flor perene)
Written by: André Chapelas
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