Lyrics

(Um)
Você pega no dinheiro
Geralmente vai você e mais um parceiro
Em qualquer lugar se vende
Nas comunidades tem vários pontos de vendas
Você entende
(Dois)
Fim de semana tem que aguardar
Grande movimentação de gente
Querendo comprar
Pra distrair e liberar os pensamentos
Viajar nas ideias e fluir os sentimentos
Chegou a sua vez de comprar
Muita ansiedade pra pagar, pegar e viajar
Sem pensar no depois
O veneno tá na mão
Você abre e divide pra dois
(Três)
Sua fala amolece
De algo se esquece
Si livra do estresse
Satisfação momentânea terá
Quando a onda passar, o problema vai voltar
Mas só que pra você
O presente é importante
Sentado com os amigos sem caô
Ao menos um instante
Levando o prazer até a boca
Alterando sua visão, sua cabeça fica louca
(Quatro)
Se sentindo na paz
Acabou, compra mais, uma não satisfaz
Curte o momento, sem pensar no tempo
Faz um movimento, o raciocínio tá lento
(Cinco)
Tá com fome, come um salgado
Já foram mais de quatro
Tá meio chapado
(Chapado)
Meio zoado, meio sorridente
(Zoado, sorridente)
Meio culpado, meio inocente
(Culpado, inocente)
Será que mais uma dose vai lhe fazer mal?
Se todo mundo usa
De uma forma muito natural
Você vai e bota mais uma na roda
Todo mundo gosta
Que atitude foda
(Seis)
Da parada é freguês
Ignora as leis qualquer dia do mês
Em qualquer lugar
(Lugar)
Na frente do bar
(Bar)
Em casa, na rua, na beira do mar
(Sete)
Na hora de comemorar
Pode tá faltando tudo
Mas ela não pode faltar
Está presente no melhor e no pior
Quando tá rodeado e quando esta só
Apreciada por homem
Mulher, idoso, criança
Malandro, mané, polícia
Playboy, bandido, estudante
Empresário, artista, mulher gestante
(Oito)
Distraído vendo o vai e vem
Gosta muito, não consegue ficar sem
(Sem)
O corpo pede, a mente obedece
Pede mais uma, da hora se esquece
(Nove)
Sem pressa nenhuma
Se o dinheiro acabar, rateio pra mais uma
Aproveita bem cada minuto que tem
Vai gastando sua onda em cima de alguém
(Dez)
Sua visão tá embaçada
Não quer pegar mais nada
Hora de voltar pra casa
Perna bamba
(Bamba)
Cabeça tá rodando
Pupila dilatada, a noite vem se aproximando
Fim de tarde
(Tarde)
Fim do dia
(Dia)
Tudo direitinho do jeito que você queria
Vai bebendo como se fosse a primeira
Pede o seu Manel pra colocar a saideira
Bebe o dia inteiro e dorme
Só sai na madruga
Bebe o dia inteiro e dorme
Só sai na madruga
Bebe o dia inteiro e dorme
Só sai na madruga
Bebe o dia inteiro e dorme
Só sai na madruga
3 da madruga, insônia não ajuda
Saio sob os olhos da vizinha pescoçuda
Tô na rua
Sozinho no volante, o meu semblante
Tá sinistro, bem melhor do que antes
Solto a embreagem
Vou que vou, tô na estrada
Peço proteção pra me livrar
De quem me roga praga
Deus que sabe o quanto vale a minha alma
Eu jogo a seta, meto a quarta
Aumento o som e mantenho a calma
No rolé, de migué, sem destino
O vento vem na cara
Enquanto a cabeça vai refletindo
Vou seguindo, ouvindo meu hino
De guerra com olho grande
Tipo flamenguista e vascaíno
Tô na paz (Paz)
Com a mente sem maldade
Vou subir a colina
Que tem baile rolando até mais tarde
Corto a cidade à procura de uma cura
Que anule do meu coco
A minha noite que não tá escura
Sinal fechado, um carro para ao lado
Um golf rebaixado
Com para-brisa estourado
Uns quatros caras ou mais
Sem ter cara de paz
Olhos vermelho me olhavam
E olhavam pra trás
Me liguei, mas não me intimidei
O piloto fez sinal de tá tranquilo
Então me adiantei
Ficou pra trás
(Foi)
Virou passado
Eu acelero, passo a quinta
Que por Deus eu tô sendo guiado
Rua escura com pouca iluminação
Vejo um comboio vindo em minha direção
Se lombrar vou perder, correr pra onde?
Foi se aproximando
Eu descobri que é um bonde
Com bicos para o alto, tomando o asfalto
Será que é cobrança, sequestro, assalto?
Sei lá, não me interessa
Eu também tenho pressa
Dei um toque no farol
Atravesso e continuo a fuga
Seja protegida, iluminada, madruga
O telefone toca
Será que é alguém que aluga?
Só vou saber se eu atender
Seja quem for, só não tire o meu lazer
Alô?
Sou eu que tô ligando
Só pra te dar um papo
Que o baile que você tá indo hoje
Tá lombrado
O morro tá tomado, melhor você voltar
Que tá rolando uma festinha
Na pracinha do lado de cá
Tá, você é quem?
Tô eu e aquela mina
Que eu tinha te tocado
Que ia botar na sua fita
Pode vir no sapato, não precisa correr
Que o caô aqui na praça
Vai rolar até o amanhecer
Vou te aguardar, tô bebendo uma gelada
Só vou voltar pra casa depois da madrugada
Já é! Vou desligar
Que tem uma blitz na minha frente
Vou tirar o meu boné
E fazer cara de inocente
Acendo a luz do salão, é dura da PM
Não devo nada
Mas não sei porque minha perna treme
Abaixo o farol, viaturas eu cruzo
Documento tá no bolso
Abaixo o som, reduzo
Fico escaldado sim, tenho a sensação do fim
Só que desta vez foi diferente
Nem olharam pra mim
Me benzi, sorri, passei batido
Eu boto fogo no asfalto
Meu rolé ainda não tá perdido
Troco o CD, dou um grau no volume
Jogo o cotovelo para fora como de costume
No viaduto, caminho vou cortando
O céu tá clareando, o dia vem raiando
O galo tá cantando
Da pracinha vou me aproximando
Pessoas vão saindo enquanto eu vou chegando
Os raios do sol atrapalham minha visão
Mas vejo que a praça tá vazia
Só tem garrafa no chão
Cheguei agora, todo mundo indo embora
Viajei no caminho
Que até me esqueci da hora
Vou meter o pé, abandonar o recinto
Também que horas são, hein?
7:45
Written by: Alex Pereira Barboza, MV Bill
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