Top Songs By Riça
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Credits
PERFORMING ARTISTS
Riça
Performer
Jose Leal
Performer
José Poças
Remixer
Ricardo Martins
Electric Bass Guitar
COMPOSITION & LYRICS
Jose Leal
Songwriter
José Poças
Co-Composer
PRODUCTION & ENGINEERING
Jose Leal
Producer
José Poças
Mastering Engineer
Lyrics
No fundo da ribeira há um corpo morto, uma ruína
Tombada pelas cheias e por feias ventanias
Talvez seja melhor assim
Se não dá, não dá
Se ao menos pudesse voltar atrás
Tudo faria p'ra conservar a casa
E ter de volta essa harmonia
Mas talvez seja melhor assim
Trago cacos no meu bolso
Que me lembram do quão
Fracassado foi o esforço
Numa Ponte sem chão
Caudal bravo, engole escombros
Ai, é uma maldição!
E quando eu juro quebrá-la
Vejo a Ponte no chão
Ainda não tínhamos vindo ao mundo quando eles se viram
Cada um na sua margem
Não sei se foi paixão à primeira vista, a ribeira diz
Que foi só necessidade em assentar, aceitar
Vida é mais fácil a par
Chega de deitar tarde, agora é vergar, poupar
Fez-se a Ponte à pressa com metal no anelar:
Um arco de volta perfeita sem pedra angular
Dois indivíduos vindos de sítios semelhantes
Ya, vinham de pontes vacilantes
Desejavam tanto quebrar essa maldição
Mas a Ponte entre eles não era a mesma para ambos
As águas rebentaram em abril
E eu abri os olhos
Fui o primeiro a gatinhar no tabuleiro
Após quatro voltas ao sol o vazio ganha voz:
Um mano com quem aprendi a dizer “nós”
Entretidos co’a inocência nos dedos
Mal sabíamos que a ausência do medo não dura para sempre
Vozes de parentes vindas das encostas alimentam
Vozes rancorosas dentro de quatro paredes
A sério? Agora à mesa é sempre a mesma sobremesa?
Uma discussão azeda, a merda dum braço de ferro
Enferrujado p’la saliva saída dos berros?
"Eu já 'tou farto de te ver por perto, caralho!"
Maldita Ponte de Babel
O que era mel, tornou-se fel
Fazemos de conta que somos surdos
Mas insultos são tão brutos e gratuitos
Que nos arrancam a pele
E puxam-nos a todos rumo ao lodo da ribeira
Um lar outrora calmo agora é cacos e poeira
Um par que se amava agora aparta-se em trincheiras
E nós sem saber nadar nas águas traiçoeiras
Vida vira um vaivém entre as areias
À espera de voltar a ouvi-los com as vozes meigas
Trago cacos no meu bolso
Que me lembram do quão
Fracassado foi o esforço
Numa Ponte sem chão
Caudal bravo, engole escombros
Ai, é uma maldição!
E quando eu juro quebrá-la
Vejo a Ponte no chão
Caudal bravo engole escombros
Ai, é uma maldição!
Fracassado foi o esforço
Numa ponte sem chão
E quando eu juro quebrá-la
Vejo a ponte no chão
Caudal bravo engole escombros
Ai, é uma maldição
Written by: Jose Leal