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COMPOSITION & LYRICS
Francisco Moura Fernandes
Francisco Moura Fernandes
Songwriter

Lyrics

Deixa-me respirar
Apanhar um pouco de ar
Não vale a pena tentar
Receber e pouco dar
Submetido desde início
No dia em que aceitei
Fazer parte da arte da troca
Da qual vivo refém
Apanha outro trem
Vem pa cidade da liberdade
Onde é arte seres tu
E espalhá-la em todo o lado
Mostrá-la ao mundo
Ao mundo que a sente
Não ao mundo inseguro
Que só a faz porque vende
Mostra então ao mundo
Ao mundo que dentro
Desta bolha de ar quente
Traz brisa à nossa gente
E vais de para-pente
Pela frente do parapeito
E se vêm de pente fino
Para o pente e para o peito
Aguenta a respiração
Mais vale aguentar
Depois respira são
Quando der pa expressar
Mais vale deixar passar
A cidade não fecha portas
Mas também não obriga
Só entras se demonstras
Atitude e equilíbrio
Que vives como contas
E não és só mais um aparato
Em infinitas montras
Conta-me um conto a sério
Que eu não adormeço mais
Conta as fadas que fugiram
Quando viram os mortais
Contas as notas que voaram
Por não querem ser iguais
Porque nem estrelas são destaque
Em ambientes celestiais
Arte é como uma tarte
É trabalho e sorte acima
Quando posta na mesa
É logo vista a fatia
Todos viram sobreviventes
Doentes e esfomeados
Querem tanto a tarte
Nem vêm a comida nos pratos
É distração, alienação
Confusão e ilusão
Turbilhão, conturbação
Falta de educação
Querer a sobremesa
Antes do prato principal
Querer ter de mão beijada
A refeição habitual
A sociedade educa
Abre a cabeça à mesma
Aprende a ver a luz
E ver além do sistema
É saber ver um caminho
Mesmo quando o trilho sume
Não desistir à primeira
Insistir e ir ao cume
Tens a estadia em dia?
Está dia no meu mapa
Tens a estrelinha em cima?
Nem estrelado tu apagas
Tens a cortina subida
Sem saída não a passas
Tens o telhado por cima
Nem estalado tu o pagas
E pela sua obra que abre portas para outras rotas devotas de outras mostras e soltas por outras cordas que cortas sem ver se acordas outras modas que quando postas opostas são o reflexo de antigas sobras que trocas, dobras, convocas as frotas em que votas impostas por costas quentes, porque supostamente as vossas obras viram bocas ocas, loucas, roucas e são poucas as que realmente sentem a cabeça e o pensamento quente
A palavra é oprimida
A diferença empírica
Justificada por normais
Como substância ilícita
No sangue que me corre
E cobre cada fibra
Onde morre o ódio
Onde nasce a vida
Mas eu sei de cor o passo
Sei de cor a ação
Sei de cor o traço
Sei a decoração
Sei de cor o espaço
Conheço a constelação
Sei de cor o espaço
Acompanhei a construção
Da criação à elevação
O surgimento espontâneo
Da flora do crânio
Homogénea e unânime
Nunca deixei de parte
A parte que parte do interior
E não volta
Só volta pa arte dar-te cor
E balança o barco
Nesta onda de imprudência
É que o exterior
Nunca vai ser excelência
É o interior do artista
Do criador e sua essência
Que castiga a mentira
Com verdade em consequência
Written by: Francisco Moura Fernandes
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