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Chico Buarque & Carlos do Carmo - fado tropical - duetos PT-BR (letra)
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特集

歌詞

Oh, musa do meu fado Oh, minha mãe gentil Deixo-te consternado No primeiro Abril Não seja tão ingrata Não esqueças quem te amou E em tua densa mata Se perdeu e se encontrou Ai, esta terra ainda vai cumprir o seu ideal Ainda vai tornar-se um imenso Portugal Sabes, no fundo eu sou um sentimental Todos nós herdamos no sangue lusitano Uma boa dose de lirísmo, além da sífilis, é claro Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas Em torturar, esganar, trucidar Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora Com avencas na catinga Alecrins no canavial Licores na moringa Um vinho tropical E a linda mulata Com rendas do Alentejo De quem numa bravata Arrebata um beijo Ai, esta terra ainda vai cumprir o seu ideal Ainda vai tornar-se um imenso Portugal Meu coração tem um sereno jeito E as minhas mãos o golpe duro e presto De tal maneira que, depois de feito Desencontrado, eu mesmo me contesto Se trago as mãos distantes do meu peito É que há distância entre intenção e gesto E se o meu coração nas mãos estreito Assombra-me a súbita impressão de incesto Quando me encontro no calor da luta Ostento a agulha empunhadora à proa Mas o meu peito se desabotoa E se a sentença se anúncia bruta Mais que depressa a mão cega executa Pois que senão o coração perdoa Guitarras e sanfonas Jasmins, coqueiros, fontes Sardinhas, mandioca Num suave azulejo E o rio Amazonas Que corre Trás-Os-Montes E numa pororoca Deságua no Tejo Ai, esta terra ainda vai cumprir o seu ideal Ainda vai tornar-se o imenso Portugal Ai, esta terra ainda vai cumprir o seu ideal Ainda vai tornar-se um imenso Portugal Ai, esta terra ainda vai cumprir o seu ideal Ainda vai tornar-se o Império Colonial
Writer(s): Chico Buarque, Ruy Guerra Lyrics powered by www.musixmatch.com
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